"Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?." (Pirandello).


sábado, 13 de novembro de 2010

Qual é a sua janela?

Tenho uma amiga que costuma dizer que cada pessoa enxerga a si mesma e aos outros através de uma janela, daí ser possível opiniões e percepções divergentes sobre o caráter ou personalidade de uma única pessoa. Por exemplo, todo mundo conhece alguém que vive criticando uma determinada atitude e ao mesmo tempo faz a mesma coisa que tanto condena nos outros. É como se ela não "enxergasse" que faz extamente igual ao outro.
É a tal da janela, cada um olhando para a mesma coisa por uma janela diferente.
Então, é comum vermos que todos a nossa volta pensam e querem paz, respeito, consideração, entre outras coisas. Mas o que nós mesmos fazemos pelo outro? Destinamos respeito ou consideração? Buscamos paz nas nossas atitudes diárias?
A educação no Brasil está decadente. E eu, na realização do meu trabalho em sala de aula, contribuo para este quadro?
A saúde pública é caso de polícia. E eu, quando atendo um paciente no posto de saúde, estou contribuindo para reforçar esta situação?
O transporte coletivo não atende a população. Eu sou motorista de ônibus e não paro para estudantes, nem para idosos.
Não há educação no trânsito. Quando eu estou dirigindo avanço sinais, paro na faixa de pedestres e não dou a preferência.
Eu faço um monte de coisas que divergem do meu discurso, do que eu digo que creio ser certo. Portanto, preciso procurar uma janela mais límpida e honesta para olhar a mim mesma.
Espero ter a coragem necessária para isso.

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