"Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?." (Pirandello).


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Celular: Produção e Reciclagem

Retirado do site da Revista Nova Escola
Ícone da modernidade, o celular tem múltiplas funções no nosso dia a dia. Nele, quase tudo pode ser visto, acessado, jogado. Dá até para telefonar! No Brasil, quase todos têm um... que vai ficar obsoleto e - descartado de maneira imprópria - pode se transformar em um vilão poluidor. No infográfico, saiba como o aparelho é produzido, de onde vêm suas matérias primas e os danos que seus resíduos podem causar na nossa saúde e na natureza se forem mal reciclados ou jogados nos lixões.

Na reciclagem do celular, um tesouro. De acordo com o relatório From Waste to Resources, do programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep), 1 tonelada de celulares sem as baterias rende:
• 3,5 quilos de prata;
• 340 gramas de ouro;
• 140 gramas de paládio;
• 130 quilos de cobre;

No 1,2 bilhão de celulares vendidos no mundo em 2007 foram usadas:
• 300 toneladas de prata;
• 29 toneladas de outro;
• 11 toneladas de paládio;
• 11.000 toneladas de cobre.

Nas baterias de lítio (20 gramas), foram usadas 4.500 toneladas de cobalto.

O Brasil se liga no celular
Número de linhas por 100 habitantes*

Aparelhos de telefone celular por habitantes no Brasil (2000-2010)

O provável descarte
Número de aparelhos*

Telefone celular: descarte de aparelhos (2008-2009)

Reportagem André Albert novaescola@atleitor.com.br, Infografia Alessandro Meiguins, Fotos Dercílio.
Fontes Anatel, Banco Mundial, Nokia, Sony Ericsson, Worldwatch Institute, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Convenção de Basileia - MPPI (Iniciativa de Parceria para Telefones Móveis).


No site da Revista Nova Escola, através do link abaixo:

Celular: produção e reciclagem | Ciências | Nova Escola


sábado, 4 de dezembro de 2010

Relato de um acidente de trabalho

Esta é uma história real. Infelizmente.
Na sexta (dia 03/12/10), em um prédio na Av. Rio Branco, um grupo de trabalhadores realizava o serviço de retirada de sucata, da reforma que estava em andamento.
As atividades eram realizadas sem qualquer proteção, homens de bermuda, camiseta e chinelo, transportavam pedaços do velho elevador - na mão, porque o muquirana (para não dizer outra coisa) do patrão foi incapaz de disponibilizar sequer um carrinho-de-mão.
Por volta das 10h da manhã, o inevitável aconteceu: um acidente de trabalho. Uma das peças do elevador caiu sobre o pé de um dos trabalhadores, causando um inchaço. O rapaz (aparentando uns 18 anos) se viu impossibilitado de tocar o chão com o pé, tamanha era a dor.
Sob orientação dos colegas, o rapaz entrou em contato com o dono da empresa, para o qual prestava serviço e avisou a ocorrência. O patrão pediu que o empregado esperasse no local, pois o conduziria para atendimento médico. Atentem que era em torno das 10 da manhã.
Ao meio dia o acidentado ainda estava sentado na entrada do prédio, aguardando o socorro (talvez fosse mais eficiente ligar para o SAMU). Convidado à almoçar, recusou - não recebia VR ou qualquer ajuda de custo, e, como explicou, acreditou que terminaria o serviço cedo e voltaria para casa a tempo de almoçar - por isso não levou marmita, como de costume.
A solidariedade dos colegas pagou o almoço. Todos contribuíram e compraram uma quentinha. O almoço foi na calçada da Av. Rio Branco, à espera do patrão.
Ah, o patrão, já ia me esquecendo. Ele chegou ao socorro do acidentando às 15 h (isso mesmo, 5 horas depois). Com uma camisa onde se lia "100% Jesus" (não é piada), acompanhado de uma moça, provavelmente esposa, noiva ou namorada. A essa altura a revolta era geral, ele foi vaiado e chingado.
Não sei como está o trabalhador. O patrão foi embora coagido e um dos colegas de trabalho viabilizou o transporte até um hospital. Quando eu tiver notícias compartilho.
Em tempo: o acidentado era um prestador de serviço, de uma empresa contratada apenas para retirar a sucata da obra, os colegas que quase bateram no patrão eram todos empregados de outras empresas, também prestadoras de serviço.
Sobre a inscrição na camisa do suposto cristão escreverei noutra ocasião.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mais uma da CSA contra o Meio Ambiente

Mais uma vez a CSA ganha as manchetes por conta da poluição. Desta vez, o Ministério Público do Rio de Janeiro é que denuncia a siderúrgica.

Precisamos de emprego e desenvolvimento econômico, mas a que preço?

Leiam a reportagem, no OGlobo Online clicando no link abaixo:

MP do Rio denuncia Companhia Siderúrgica do Atlântico por crimes ambientais - O Globo Online

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Direito às Férias

Final de ano chegando e com ele chegam também (para alguns) as merecidas férias.
O trabalhador brasileiro adquire o direito a gozar 30 dias de férias a cada 12 meses trabalhados, conforme estabelece a CLT. Dependendo da quantidade de faltas injustificadas ao trabalho, durante o período aquisitivo (os tais 12 meses de trabalho), pode o empregado ter reduzido o seu período de férias.
A CLT estabelece os dias de férias a que terá direito o empregado, conforme as suas faltas injustificadas:
• Até 5 faltas injustificadas = 30 dias corridos
• De 6 a 14 faltas injustificadas = 24 dias corridos
• De 15 a 23 faltas injustificadas = 18 dias corridos
• De 24 a 32 faltas injustificadas = 12 dias corridos
• Mais de 32 faltas injustificadas = não tem direito às férias
O objetivo das férias é proporcionar um período de descanso ao empregado, para combater estafas, cansaço excessivo etc. Sendo assim, o trabalhador não pode se privar das férias ("vendê-las" ao patrão), nem por vontade própria e poderá dispor de somente 1/3 destas (10 dias). Na ocasião do pagamento das férias todo empregado tem direito a 1/3 a mais do salário. O pagamento da remuneração referente às férias deverá ser feito até 2 dias antes do início.
O período do ano em que as férias serão concedidas é da escolha do empregador, atendendo ao seu melhor interesse, salvo a exceção do menor, quando as férias do trabalho devem coincidir com as férias escolares. As convenções e acordos coletivos também podem estabelecer peculiaridades para concessão das férias de determinada categoria profissional.

Roma: dois mil anos de marketing

Retirado do Sita da Revista Aventuras na História.
Para derrotar os cartagineses e assumir o controle comercial do mediterrâneo, os romanos tiveram de aprender a combater no mar
por Textos Felipe Van Deursen
“Você deve constituir amizades de todos os tipos: nomes ilustres, os quais conferem prestígio ao candidato; magistrados, para garantir a proteção da lei. (...) Isso requer conhecer as pessoas de nome, usar de certa bajulação.” Parece, mas não é uma cartilha encontrada nas coisas dos políticos brasileiros em época de eleição. É de um trecho do Manual do Candidato às Eleições (no latim, Comentariolus Petitionis), escrito no ano 64 a.C., em Roma, por Quinto Túlio Cícero. Ele preparou o manual para seu irmão, Marco Túlio Cícero, orador famoso que naquele ano se candidatava ao melhor cargo da República, o de cônsul.
O texto é curto, mas tem conselhos valiosos que os políticos seguem até hoje: fortalecer amizades antigas e conquistar novas, cobrar favores antigos das pessoas que possam ajudar na campanha, decorar o maior número de nomes possíveis, sorrir para todo mundo, ser generoso, fazer promessas mesmo sabendo que não vai cumpri-las, pedir voto pessoalmente na rua, estar sempre cercado de multidões, falar a linguagem do povão e denunciar os podres dos adversários.
“Em Roma, onde havia poder havia corrupção”, afirma a especialista Laura Silveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Naquela época da República, como era preciso conquistar todos os setores representados no Senado, as dicas eleitoreiras do manual deviam ser muito úteis.” E foram: seguindo essas sugestões e explorando bastante o passado dos adversários, Marco Túlio Cícero foi eleito.


Outros trechos do manual
IMAGEM É TUDO

“Apesar de os dons naturais valerem muito, (...) um perfil bem forjado pode falar mais alto do que a natureza.”

EU PROMETO...

“Se você promete, essa raiva (que ele vai ter quando você não cumprir) é incerta, futura e se instala em bem poucos. Mas se você nega (os pedidos durante a campanha), provoca irritação no ato e em muitos.”

RABO PRESO

“Não quero que você ostente isso (a corrupção dos adversários) diante deles da maneira a parecer que já planeja uma acusação, e sim que, pelo simples medo, você consiga com facilidade aquilo que busca.

As Primeiras Logomarcas

Retirado do Site da Revista Aventuras na História
Há 5 mil anos, as garrafas de óleo e vinho vendidas na Mesopotâmia tinham etiquetas que identificavam a marca do produtor. A descoberta é do arqueólogo britânico David Wengrow, que encontrou potes marcados com selos que continham algo parecido com logomarcas e um texto que propagava o nome do fornecedor do produto. Os recipientes foram localizados na antiga cidade de Uruk, que fica no atual território do Iraque e chegou a ter 20 mil habitantes.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cursos Técnicos

Na juventude surgem várias dúvidas sobre qual rumo dar a vida, e neste cenário se impõe a escolha profissional. Poucos são os que podem se dar ao luxo de ingressar numa universidade pública com dedicação integral e apoio financeiro dos pais, a maioria dos jovens precisa encarar o mercado de trabalho muito cedo e aí o estudo assume um plano secundário.
Uma alternativa é a formação de nível técnico - em concomitância com o ensino médio (cursados juntos) ou como pós-médio (cursado após o término do ensino médio). É uma profissionalização. O técnico possui autonomia de trabalho; algumas carreiras, salário mínimo profissional; registro em entidade de classe etc. Entre os mais conhecidos estão os Técnicos em Enfermagem e em Contabilidade. Na "moda" está o Técnico em Segurança do Trabalho. Com calma, falarei um pouco sobre alguns cursos técnicos nos próximos posts.
Mas quais são os cursos técnicos existentes no Brasil?
O MEC disponibiliza o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (atualizado em junho de 2008). Para acessá-lo clique aqui.
Nem todas as unidades da federação possuem todos os cursos, por exemplo, alguns cursos da área industrial, só existem em São Paulo. Além do mais, a formação técnica deve ser encarada como um primeiro passo, como uma chave para a porta mercado de trabalho, mas não um fim em si. O aperfeiçoamento profissional e a continuidade da formação acadêmica deve ser uma constante.
O Curso Técnico prepara para o mercado de trabalho, por assim dizer, ensina como fazer. A continuidade dos estudos prepara para a vida, ensina porquê fazer. Saber fazer é uma coisa, pensar porque fazer é outra.

Lidar com o outro

Uma situação comum é a do aluno que não está satisfeito com o atuar do professor em sala da aula. Ora porque considera o professor muito rigoroso, ora porque acredita que ele deveria ser mais rigoroso (raros alunos pensam assim :) ). Alguns alunos se sentem incompreendidos, injustiçados ou prejudicados pela avaliação do professor. Há alunos que criticam a didática, ou a falta de conteúdo. Bem, a lista das reclamações é grande.
Já recebi críticas ao meu trabalho e até ao trabalho de colegas e sempre tenho o mesmo a dizer.
Primeiro, quando estamos insatisfeitos precisamos identificar claramente o que nos incomodou: o fato ou situação objetiva; daí devemos conversar diretamente com a pessoa que nos desagradou, expondo as razões e sentimentos envolvidos no acontecimento. Sempre com fundamentos lógicos, embora tenhamos que falar sobre como nos sentimos. Até porque o que para um pode ser uma ofensa, para outro não. Então devemos deixar claro como nos sentimos em relação ao evento.
Muitas vezes, creio que na maioria das vezes, os erros são cometidos nas tentativas de acerto. Ou seja, eu erro na crença de que estou fazendo certo. E se não damos a conhecer o erro, como podemos esperar que o outro acerte?
Não é fácil apontar para os outros os seus erros, muito menos aceitarmos que apontem os nossos, mas com jeito, educação e consideração, a relação aluno - professor pode ser construída e reconstruída ao longo da jornada acadêmica, com mais acertos do que falhas.
A escola é o ensaio geral para a vida e nas relações profissionais também existem pessoas errando (ou querendo acertar) e outras se sentindo prejudicadas. Criar coragem para conversar com o professor é o primeiro passo para no futuro haver segurança para conversar com um colega de trabalho ou superior hierárquico.
O que não pode ser feito jamais é ficarmos pelos corredores criticando o trabalho de quem quer que seja. Como diz um amigo: "só erra quem tenta fazer".

domingo, 28 de novembro de 2010

A Arte de Vender

Retirado do site da revista Aventuras na História.

Dos arautos medievais aos milionários garotos-propaganda, a evolução da publicidade contada por campanhas lendárias
por Renata Chiara
Na Babilônia, quando um sapateiro ou um ferreiro queria oferecer seus serviços, escrevia no muro. Essas pinturas eram feitas por diferentes tipos de profissionais e são os primeiros registros encontrados de publicidade, datados de 3000 a.C. Depois, nos séculos que antecedem a era cristã, vieram os cartazes, pendurados nas praças da Roma antiga, anunciando apartamentos para alugar - uma espécie de antepassado arqueológico do outdoor. Já os primeiros garotos-propaganda surgiram na Idade Média: arautos que gritavam notícias da nobreza e também eram pagos para divulgar as ofertas dos mercadores. Durante séculos, a publicidade se manteve assim, rudimentar e com baixíssimo alcance. Um produto ou serviço só conseguia se tornar conhecido por pouco mais de algumas centenas de pessoas. Até o século 15, quando a propaganda deu um salto. A invenção da imprensa, por volta de 1450, multiplicou cartazes e panfletos, ampliando o impacto das mensagens publicitárias. Daí para a frente, o mercado consolidou uma indústria criativa, produtora de símbolos culturais, capaz de induzir comportamentos, ódios, amores e manias.

Para contar essa história, reuniram-se os publicitários franceses Stéphane Pincas e Marc Loiseau, veteranos que passaram a maior parte da sua vida profissional no poderoso conglomerado francês Publicis. No livro A History of Advertising ("Uma história da propaganda", sem tradução no Brasil), eles apresentam detalhes de campanhas lendárias, para contar a evolução da publicidade no mercado ocidental. Desde os idos de 1633, quando o francês Théophraste Renaudot lançou o semanário La Gazette de France, o primeiro a contar com anúncios pagos de forma constante e regular.

Surgidos no século 17, na Europa, os jornais abriram espaço para a propaganda alcançar ainda mais pessoas que os cartazes ou folhetos impressos. Apesar de ter nascido na Europa e provavelmente existido em todas as civilizações antigas, a publicidade ganhou impulso mesmo na Era Industrial, nos Estados Unidos. Com a produção de mercadorias em larga escala, veio a necessidade de educar o público a consumi-las. Surgiram, então, na Europa e nos Estados Unidos do século 19, as primeiras agências de publicidade, ditando uma nova linguagem, pautada no humor, na ironia e no que mais despertasse o interesse dos consumidores. A propaganda virou "a alma do negócio".

A primeira empresa chamada oficialmente de "agência de publicidade" começou a funcionar em 1841, quando Volney B. Palmer abriu seu escritório na Filadélfia. O ano é um dos marcos do nascimento da publicidade moderna, quando bens de consumo começaram a ser vistos como ícones culturais. Os "agentes" contratavam, dos jornais, grandes espaços nas páginas, com desconto. E os revendiam a preços mais altos aos anunciantes, que produziam eles próprios suas propagandas. Esse sistema durou até 1869, quando Francis Ayer, após comprar a Palmer, resolveu mudar o jeito de trabalhar. Ele revendia o espaço pelo mesmo valor cobrado pelo jornal, mediante uma comissão pré-acordada com o cliente. Nascia o modelo de negócio que até hoje mantém a publicidade rentável. Em pouco tempo, Ayer estava também fazendo pesquisa de mercado e escrevendo os anúncios.

Em 1877, James Walter Thompson abriria aquela que hoje é a mais antiga agência dos Estados Unidos. E levou a sério essa produção, contratando artistas e escritores para o primeiro departamento de criação da História. Por isso, é considerado "o pai da publicidade moderna".

Leia a íntegra clicando aqui.

E a Polícia volta a ser o mocinho...

Os cariocas estão vivendo um momento histórico (segundo a imprensa) no combate ao narcotráfico. A todo o momento as principais emissoras de TV veiculam imagens e informações sobre os confrontos na cidade "maravilhosa".
Ontem eu vi um comboio com diversos carros policiais (aparentemente civis e militares) fortemente armados e confesso que senti orgulho. No momento comentei com minha filha: "- Só assim para a Polícia voltar a ser herói."
Pois é. Nós cariocas conhecemos e vivemos inúmeros exemplos de corrupção, abuso de poder e ineficiência da polícia. E ninguém liga para o disque denúncia, porque acima de tudo temos medo dessa polícia e certeza da impunidade. Os noticiários estão cheios dos mesmos exemplos.
E foi preciso o caos, a violência, o medo, o impacto na rotina, enfim a audácia dos bandidos para a Polícia assumir o papel que jamais deveria ter abandonado: o de mocinho.
Agora não tenhamos falsas esperanças porque a bandidagem carioca não se resume a comunidade do Alemão. Os bandidos se movimentam intensamente. Na zona oeste do Rio comunidades de Santa Cruz, por exemplo, ainda estão sob o controle total do narcotráfico e há muito tempo servem de porto seguro para bandidos "expulsos" de locais "pacificados" pelas UPP's ou dominados pelas milícias.
E ainda temos o problema das milícias... O trabalho para trazer de volta a segurança no Rio é árduo e espero que esteja apenas começando.

domingo, 21 de novembro de 2010

Pirâmide de Maslow

Conforme a hierarquia das necessidades desenvolvida por Abraham Maslow, o comportamento humano pode ser explicado através de cinco níveis de necessidades. Estas necessidades são dispostas em ordem hierárquica.
Na base da pirâmide, encontra-se o grupo de necessidades que Maslow considera ser o mais básico, dos interesses fisiológicos e de sobrevivência. Este é o nível das necessidades fisiológicas.
O segundo nível é constituído pelas necessidades de segurança. Assim, ao serem atendidas as necessidades fisiológicas, a tendência natural do ser humano será se manter.
A seguir, quando obtida a segurança, surgem as necessidades de associar-se a outras pessoas - as necessidades sociais ou de associação. O passo seguinte é o da estima ou de “status”. Neste ponto estão as necessidades de reconhecimento e admiração. O nível mais alto da hierarquia está nas necessidades de auto-realização.



  • Necessidades Fisiológicas: Alimentação (água e comida), Respiração, Reprodução, Descanso, Vestimenta etc.
  • Necessidades de segurança: Segurança física pessoal, financeira, Saúde e bem-estar, Rede de proteção contra imprevistos.
  • Necessidades de Associação: Amizade, Intimidade (amigos íntimos, confidentes), Convivência social, Família, Organizações (clubes, entidades de classe, torcidas).
  • Necessidades de Estima: ser respeitado em busca de auto-estima e auto-respeito. Ser aceito e valorizado por si e pelos outros.
  • Necessidade de Auto-Realização: Realizar o potencial máximo. O indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser, explorando suas possibilidades.

A idéia da hierarquia da necessidades humanas é utilizada em várias áreas do conhecimento, por exemplo, na gestão de pessoas, quanto ao desenvolvimento de ferramentas para motivação dos empregados.

Escrito com base no texto de autoria de Adelice Leite de Godoy (CEDET – Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico - www.cedet.com.br).

sábado, 20 de novembro de 2010

O Imperativo Tecnológico

Atualmente é difícil encontrar alguém que não tenha qualquer "intimidade" com a tecnologia da informação. Pesquisamos na internet, nos comunicamos através de e-mail, conversamos com os amigos pelo MSN e encontramos velhos amigos através do Orkut. Seja para o lazer ou para o trabalho a informática é uma realidade e uma necessidade.
Encontrei uma tirinha na web que é bem interessante:

Retirado do blog: http://www.blogporta80.com.br/category/humor/comics/

Conhecer o básico de aplicativos para edição de textos, planilhas, apresentações e banco de dados; navegação na Web, entre outros é fundamental para uma colocação no mercado de trabalho.
Mas não podemos esquecer o básico: redação, ortografia, concordâncias verbal e nominal etc.

Impostos no Brasil

As regras tributárias no Brasil baseiam-se nos artigos 155 e 156, da Constituição da República de 1988. Nestes artigos está definido quem pode criar impostos, taxas e contribuições de melhoria, e estão contidas no Código Tributário Nacional - CTN (Lei 5.172/1966).

Os principais impostos vigentes no Brasil são:

IMPOSTOS FEDERAIS
Imposto de Renda (IR) - Se divide em: Imposto sobre a renda de pessoas físicas - IRPF e Imposto sobre a renda de pessoas Jurídicas – IRPJ. Seu fato gerador é aquisição de disponibilidade econômica (renda), como fruto do capital e do trabalho e sobre proventos de qualquer natureza.
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - incide sobre operações de industrialização de produtos (segundo a legislação: industrializado é o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou finalidade, ou o aperfeiçoamento para o consumo).
Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (II) – incide sobre a entrada de produtos estrangeiros no território nacional. A base de cálculo geralmente é o preço da importação (produto mais frete).
Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados (IE) – o fato gerador é a saída de produtos nacionais do território brasileiro.
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) – incide em contratos de crédito (como o do cheque especial), de câmbio e de seguros e a base de cálculo é o valor da operação.
Contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) – é uma contribuição social destinada ao financiamento do Programa de Integração Social (fundo para formação do patrimônio dos trabalhadores, gerido pela Caixa Econômica Federal). A base de cálculo é o faturamento das empresas.
IMPOSTOS ESTADUAIS OU DISTRITAIS
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) - incide sobre mercadorias, sobre transporte, comunicações e energia. A hipótese de incidência depende da legislação de cada estado.
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) - a base de cálculo é o valor do veículo.
Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e por Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD) - O fato gerador é toda transmissão de bem ou direito a título gratuito, por causa mortis (herança) ou ato inter vivos (doação).

IMPOSTOS MUNICIPAIS
ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - incide sobre todos os demais serviços não alcançados pelo ICMS.
IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. Tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel (terrenos ou construções), localizado na zona urbana do Município. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
ITBI - Imposto sobre transmissão de bens imóveis - incide sobre a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia e a cessão de direitos relativos às referidas transmissões.
Existem outros impostos que não foram citados.

sábado, 13 de novembro de 2010

Qual é a sua janela?

Tenho uma amiga que costuma dizer que cada pessoa enxerga a si mesma e aos outros através de uma janela, daí ser possível opiniões e percepções divergentes sobre o caráter ou personalidade de uma única pessoa. Por exemplo, todo mundo conhece alguém que vive criticando uma determinada atitude e ao mesmo tempo faz a mesma coisa que tanto condena nos outros. É como se ela não "enxergasse" que faz extamente igual ao outro.
É a tal da janela, cada um olhando para a mesma coisa por uma janela diferente.
Então, é comum vermos que todos a nossa volta pensam e querem paz, respeito, consideração, entre outras coisas. Mas o que nós mesmos fazemos pelo outro? Destinamos respeito ou consideração? Buscamos paz nas nossas atitudes diárias?
A educação no Brasil está decadente. E eu, na realização do meu trabalho em sala de aula, contribuo para este quadro?
A saúde pública é caso de polícia. E eu, quando atendo um paciente no posto de saúde, estou contribuindo para reforçar esta situação?
O transporte coletivo não atende a população. Eu sou motorista de ônibus e não paro para estudantes, nem para idosos.
Não há educação no trânsito. Quando eu estou dirigindo avanço sinais, paro na faixa de pedestres e não dou a preferência.
Eu faço um monte de coisas que divergem do meu discurso, do que eu digo que creio ser certo. Portanto, preciso procurar uma janela mais límpida e honesta para olhar a mim mesma.
Espero ter a coragem necessária para isso.

domingo, 24 de outubro de 2010

Mineiros no Brasil: Sem resgate - O Globo

Enquanto o mundo comemora o resgate dos mineiros no Chile, trabalhadores ainda morrem nas minas brasileiras.
Leiam a reportagem no jornal O Globo:
Mineiros no Brasil: Sem resgate - O Globo

sábado, 23 de outubro de 2010

O que é Verdade?

Três diferentes concepções da verdade serviram de alicerce para a construção da concepção da verdade ocidental, tal qual a conhecemos, são elas a concepção grega, a latina e a hebraica.

Para a concepção grega verdade é aquilo que não é esquecido ou não-escondido e não-dissimulado, neste sentido, "a verdade é que vemos numa contemplação, o que se manifesta ou se mostra para os olhos do corpo ou espírito". Alétheia é a palavra grega utilizada para se referir à verdade, sendo composta do prefixo a (negação) e de léthe (esquecimento) e significa "o não- esquecido". A verdade em grego se refere às próprias coisas, ao modo como elas se manifestam diante a intelectualidade humana, é a manifestação da realidade em oposição ao que se esconde ou dissimula sua aparência, o que aparenta ser e não é – escondido ou dissimulado.

Para a concepção latina a verdade trata da precisão com que um ser ou acontecimento é relatado. Verdadeiro é o enunciado "no qual se diz com detalhes, pormenores e fidelidade o que realmente aconteceu". No latim veritas corresponde à verdade, referindo-se ao rigor e exatidão de um relato. A verdade no latim diz respeito ao enunciado e não às próprias coisas ou fatos, é relacionada à linguagem e depende tanto da memória e acuidade mental de quem fala, quanto da fidedignidade do que se relata. Está em oposição à mentira e a falsificação, já que as coisas ou fatos podem ser considerados reais ou imaginários, enquanto o que se diz sobre eles são verdades ou falsidades.

Na concepção hebraica, a verdade se relaciona com alguém (humano ou Deus) e a espera de que a promessa ou pacto assumido será cumprido ou acontecerá. Verdade em hebraico é emunah, que significa confiança. E verdadeiro designa as pessoas ou Deus que são fiéis a palavra empenhada, são os que não traem a confiança. "A verdade é uma crença fundada na esperança e na confiança em uma promessa", estando, portanto ligada ao porvir, ao que será ou virá. No hebraico, a revelação divina é a forma da verdade mais elevada, enquanto a profecia representa a sua expressão mais perfeita.

A síntese destas concepções originou a nossa concepção da verdade, que se apresenta tanto para designar a percepção das coisas reais, como se manifestam ao intelecto humano, no agora; quanto à linguagem que enuncia acontecimentos passados; e, também o futuro, que será ou acontecerá conforme o prometido. Ao se referir à própria realidade (alétheia), à linguagem (veritas) e a confiança-esperança (emunah), a nossa concepção abrange o que é, o que foi e o que será.
* Resumo do texto As Concepções da Verdade, extraído de Marilena Chaui. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003, p. 95-97.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Gatos pretos

Como já compartilhei aqui no post "Eu tenho gatos", tenho dois gatinhos (na verdade gatões de tão grandes e gordos) e um deles é preto, na verdade preta, com uma "gravatinha" branca, visível somente quando se pega ela no colo.
É engraçado (as vezes triste) observar a reação das pessoas quando a encontram no escuro embaixo do arbusto: "cruzes, um gato preto no escuro". Eu nunca vi reações negativas diante do outro gato, que é cinza malhadinho e tem olhos azuis.
Por que nós somos assim? Criamos conceitos de raça, rotulamos, segregamos e excluímos.
Meus amigos não estão nem aí, brincam, pulam a janela, correm e rolam pela grama, caçam borboletas e sequer tomam conhecimento de qualquer sentimento negativo a eles dirigido. O curioso é que o "bonitão de olhos azuis" não gosta de colo, nem que estranhos cheguem perto dele, por isso esnoba e foge de todos; já a "preta do mau agouro" adora um colo e se derrete toda até quando estranhos dão carinho.
A sina dos gatos pretos é tão cruel que locais que trabalham com doação de animais ficam em alerta em épocas "propícias" a rituais de magia, onde o felino é uma "ferramenta" muito utilizada. Navegando na internet achei o site Conexão Pet que orienta: "A sexta-feira 13 se aproxima e com ela a dor dos protetores em ver os gatos pretos como as vítimas preferenciais da data. Por isso, fazemos um apelo: se você está doando um gato preto, redobre os cuidados nesta semana." Para ler o texto completo "Gatos Pretos Merecem o Nosso Respeito e Proteção" clique aqui. O site traz ainda informações sobre a origem do mito do gato preto e outras superstições que cercam o felino pelo mundo.
Consultem também o site Bicho de Rua, de onde o texto do Site Conexão Pet foi tirado.
"Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem" (Atribuída a Leonardo da Vinci, no site Bicho de Rua).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Faltas ao trabalho

Em clima de feriado nacional, sem obrigação de escola ou trabalho, vamos abordar uma questão que muito interessa tanto ao pessoal que trabalha em RH, quanto aos próprios trabalhadores: as ausências ao trabalho justificadas - previstas na CLT.
Inicialmente, convém destacarmos que a ausência ao trabalho é "tecnicamente" tratada como absenteísmo (falta de assiduidade), para quem nunca ouviu o palavrão, fica a informação. Além do mais, acordos e convenções coletivas, o regulamento interno das empresas ou até mesmo o contrato individual de trabalho podem prever outras hipóteses de falta justificada, como por exemplo, folga no dia do aniversário do trabalhador (ah, como eu queria...), portanto, a CLT apresenta o rol mínimo de circunstâncias.
A Consolidação das Leis Trabalhistas estabelece as hipóteses em que o empregado pode se ausentar do emprego, deixando de comparecer ao serviço, sem que sofra qualquer desconto, correspondente ao tempo não trabalhado, em seu salário. As faltas justificadas são consideradas hipóteses de interrupção do contrato de trabalho.

Entre as situações previstas no art. 473, da CLT (abaixo transcrito), destacamos: a chamada licença nojo, em caso de falecimento de marido, esposa, pais, filhos, irmãos ou qualquer dependente econômico do empregado; a licença gala, por conta de casamento; a licença paternidade, em caso de nascimento de filho, já que a licença maternidade é bem maior; para servir de testemunha em procedimentos judiciais etc.

Também se considera justificada a falta do empregado por motivo de doença, comprovada com atestado médico.
____________________________________
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por cinco dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana (ADCT*, art. 10, § 1º);
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.

__________________________________________

Nada mau poder descansar sem precisar recorrer as leis trabalhistas para justificar a ausência ao trabalho. E viva os feriados!

* ADCT - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

domingo, 5 de setembro de 2010

Diálogo

Creio que a maioria dos meus alunos e amigos sabem que deixei o exercício de uma atividade profissional para me dedicar a lecionar. Muito já meditei sobre esta opção, não que haja qualquer arrependimento, ao contrário, lecionar "mesmo quando é ruim, é bom!", ou seja, nunca é ruim e foi uma das escolhas mais acertadas da minha vida.
E nestas meditações percebi que o bacana do magistério é o diálogo, é fazer parte de um processo onde tento ensinar e certamente consigo aprender, onde compartilho vivências, medos e expectativas com os mais variados tipos de pessoas, jovens e nem tão jovens (assim como eu, rs). O bom é o diálogo.
Aqui no blog, em que pese as estatísticas de acesso, não recebo nenhum comentário sobre o que ando publicando (sejam meus textos ou matérias buscadas na web) e acaba por virar um monólogo chato, onde eu não tenho idéia se estou levando assuntos interessantes ou não. Gostaria de saber se os leitores concordam ou não com as colocações do blog, se possuem algum assunto interessante para abordarmos e acima de tudo suas opiniões.
Estou solitária no blog. Então, podem me ajudar a construir um diálogo?

sábado, 4 de setembro de 2010

Vale a Pena Ver de Novo?

Resultado das eleições em 2006, para Deputado Estadual no Rio de Janeiro, em reportagem publicada na revista Veja, no dia 08 de novembro de 2006. Vamos considerar se devemos confiar nosso voto a quem não fez nada de útil para a coletividade com o seu mandato e provavelmente não fará.


Nova bancada, velhos problemas

Pouca renovação e muito clientelismo são as principais características da nova bancada da Assembléia Legislativa. Entre os futuros deputados estaduais há personagens polêmicos, parlamentares que respondem a processos na Justiça e novatos eleitos graças ao prestígio político de parentes

Fábio Brisolla e Fátima Sá

Eleitos no dia 1º de outubro, setenta novos deputados estaduais tomam posse no início do ano na Assembléia Legislativa do Rio. Novos em termos. Trinta e seis deles estão sendo reeleitos. Outros sete já estiveram na Alerj em outras legislaturas. E, não bastasse, sete dos novatos são filhos, mulher ou irmãos de ex-deputados. Entre os parlamentares eleitos – com salário de 9.450 reais, auxílio-gasolina e outros adicionais – há o policial conhecido como Batman, a herdeira de postos de gasolina, o bispo que quer "salvar" homossexuais, o apresentador de TV. O perfil é variado, mas o que se percebe é a consagração de uma velha prática política: o clientelismo. Cada vez mais, o parlamentar deixa de pensar em soluções para todo o estado e concentra a atenção apenas em seu reduto eleitoral. Age como uma espécie de síndico ou representante de classes. Vira um simples intermediário entre o cidadão e o poder público, negociando asfalto, luz, atendimento hospitalar. "Os deputados tornaram-se vereadores territoriais ou representantes de interesses particulares de igrejas e corporações", diz o cientista político Jairo Nicolau, do Instituto Universitário de Pesquisas do Estado do Rio (Iuperj).

É na ausência do poder público que o parlamentar "síndico" conquista espaço. E votos, naturalmente. Ao todo, 70% dos eleitos definem-se como deputados de "perfil comunitário". Já a Justiça define alguns como suspeitos. O caso mais grave envolve o deputado Marcos Abrahão (PSL), acusado de ser o mandante do assassinato de Valdeci Paiva de Jesus, pastor da Igreja Universal e deputado. Abrahão era o suplente de Valdeci. Com a morte do pastor, em 2003, Abrahão conseguiu uma vaga na Alerj. Cassado por falta de decoro, voltou à Assembléia por força de liminar. Mas responderá a processo criminal por homicídio duplamente qualificado, podendo ser condenado a até trinta anos de prisão. "O processo está em fase de preparação para o julgamento, que deve ser marcado para o primeiro semestre de 2007", diz o promotor Luciano Lessa, titular da 3ª Promotoria de Justiça do 4º Tribunal do Júri. Apesar das acusações, Marcos Abrahão teve 36.714 votos e voltará à Alerj.

Parlamentar mais votado da eleição fluminense, com 204.880 votos, José Camilo Zito (PSDB) também responde a processo. Ex-prefeito de Duque de Caxias, Zito é acusado de improbidade administrativa por não ter prestado contas de uma verba federal de 232.000 reais destinada a projetos sociais para crianças e adolescentes no município da Baixada Fluminense. "A verba foi repassada pela prefeitura a uma ONG, que, tudo indica, não existe", afirma Carlos Bruno Ferreira da Silva, procurador do Ministério Público Federal. A ação de improbidade administrativa proposta pelo MPF está em andamento. Outro eleito que enfrenta problemas com a Justiça é o policial civil e hoje vereador Jorge Babu (PT). Em outubro de 2004, Babu ficou nacionalmente conhecido ao ser preso em flagrante, com o marqueteiro Duda Mendonça, numa animada rinha de galo num clube de Jacarepaguá. Ambos são apreciadores declarados da prática, que já foi considerada contravenção e é crime ambiental. Indiciados por maus-tratos a animais, formação de quadrilha e apologia ao crime, eles conseguiram habeas corpus excluindo as acusações de formação de quadrilha e apologia ao crime do processo, que continua na 26ª Vara Criminal do Rio. Até então, o feito público mais notável de Babu havia sido a criação do Dia Municipal de São Jorge.

Nos corredores da Assembléia, o corporativismo fala alto. Suspeito de ter negociado propina para retirar o nome do empresário Carlinhos Cachoeira do relatório da CPI da Loterj, o deputado Alessandro Calazans (PMN) foi processado pela Alerj por quebra de decoro. Acabou absolvido por 37 votos a 25, em votação secreta. O eleitor também ignorou as acusações. Calazans foi reeleito com 32.528 votos, exatos 4.804 a mais do que recebeu no pleito anterior. A boa votação do deputado deve-se em parte ao assistencialismo, prática recorrente entre políticos com mandato em exercício. Ele é o fundador do Centro Social Alessandro Calazans, com três unidades em Nilópolis, duas em São João de Meriti e outra em Anchieta. Os centros oferecem variados serviços: assistência jurídica, cursos de inglês e espanhol, corte de cabelo, aulas de capoeira, massagens e atendimentos médico, oftalmológico e veterinário. "Apesar de legítima, a atuação na comunidade tem um lado perverso. Em vez de agir como intermediário, o parlamentar muitas vezes assume a função do poder público, privatizando educação e saúde", avalia Carlos Eduardo Sarmento, cientista político da Fundação Getulio Vargas, que tem como foco de suas pesquisas a Assembléia Legislativa desde 1978. "Fica tudo na mão do deputado", conclui.

Ainda que em menor número, resistem os deputados que repudiam essas práticas e representam o chamado voto de opinião. São políticos com propostas voltadas para os cidadãos de todo o estado, e não apenas de uma região. São também fiscalizadores do Poder Executivo, uma das funções do Legislativo muitas vezes negligenciada. Fazem parte desse grupo parlamentares de partidos até adversários, como o professor Alessandro Molon, deputado reeleito pelo PT, e o engenheiro Luiz Paulo Corrêa da Rocha, reeleito pelo PSDB. Cada um a seu modo, os setenta deputados representam a escolha do eleitor. Resta esperar que seja em benefício do estado.

Leiam a reportagem completa na Veja Rio on-line clicando aqui.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Por que temos a sensação de que o tempo está passando mais depressa?

por Yuri Vasconcelos

Retirado do Site da Revista Mundo Estranho

Há várias hipóteses para o fenômeno, mas a mais aceita aponta que essa sensação está relacionada à quantidade enorme de informações e experiências a que estamos sujeitos atualmente. Quando experimentamos alguma coisa pela primeira vez, mais dados são armazenados em nossa memória, pois tudo é novidade. Isso rola, por exemplo, quando vamos pela primeira vez ao sítio de um amigo. Como não sabemos o caminho, nossos sentidos ficam mais ligados, absorvendo cada detalhe do trajeto. Nas outras vezes que voltamos lá, já conhecemos a rota e parece que ela encurtou, como se a primeira ida tivesse demorado mais. O mesmo vale para a nossa vida em geral – uma vez que muitas experiências são repetição do que já vivemos antes. Outra hipótese está associada à idade de cada pessoa. Para um jovem de 12 anos, por exemplo, chegar aos 18 parece levar uma eternidade – afinal, os seis anos de diferença correspondem a metade do tempo já vivido pela pessoa. Já para alguém que está na casa dos 60 anos, os mesmos seis anos representam apenas 10% de sua vida. Por isso, em geral a sensação de que o tempo está voando fica mais forte à medida que envelhecemos. Por fim, há ainda quem afirme que, como vivemos num cotidiano cada vez mais acelerado, impulsionado pelos avanços tecnológicos, estaríamos nos distanciando de um suposto ritmo biológico natural, mais lento. Esse descompasso é que daria a impressão de que o tempo está passando mais depressa. :-P

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pesquisa conclui que mal humor do chefe prejudica saúde de funcionário

Retirado do site da Revista Proteção

Data: 01/12/2009 / Fonte: Jornal Nacional


Pesquisa mostra que o risco de sofrer um ataque cardíaco é 25% maior entre os funcionários que têm um chefe rigoroso demais e sem razão, injusto e, principalmente, desmotivador.
Uma pesquisa feita em cinco países europeus mostrou que a saúde do empregado depende do comportamento do chefe. É o que mostra a reportagem de Marcos Losekann.
Funcionários cansados, estressados? Pelo contrário: "Tenho um emprego legal e um bom chefe, trabalho feliz", diz um operário.
Felicidade, eis o remédio. Do contrário, o coração pode não aguentar, foi o que mostrou uma pesquisa com 20 mil homens, entre 20 e 60 anos, que trabalham na Finlândia, Alemanha, Polônia, Itália e Suécia. Eles foram acompanhados durante dez anos.
A pesquisa feita pela Universidade de Estocolmo concluiu que o mau chefe não dá apenas dor de cabeça aos subordinados. Os danos à saúde podem ser fatais. O estudo mostra que o risco de sofrer um ataque cardíaco é 25% maior entre os funcionários que têm um chefe rigoroso demais e sem razão, injusto e, principalmente, desmotivador.
A coordenadora da pesquisa explica que um trabalhador desmotivado dorme e se alimenta mal, fuma e bebe mais, um veneno para o coração.
Um publicitário chefia 15 pessoas e diz que procura ser companheiro delas: "Já fui empregado e sei o que é ter um chefe complicado", contou.
A pesquisa influenciou o departamento do governo sueco que cuida do desemprego no país. A coordenadora diz que a ordem agora é incentivar as empresas a preparar melhor os líderes de setores. "O chefe também tem que fazer cursos para melhorar como chefe".
Soledad Grafeuille, que já trabalhou na embaixada da Suécia em Brasília, acredita que nos países em desenvolvimento o medo do desemprego é maior. Mesmo assim, defende uma mudança geral de postura.
"Se você está em uma situação de você achar que para sua saúde não é bom, então você deve mudar de emprego ou falar com o chefe. E falar: `eu não consigo mais essa situaçãoÂ’. Eu acho que está dentro de cada um se valorizar", explicou ela.

domingo, 29 de agosto de 2010

Que candidato pensa como você? (Eleições 2010)

Pesquisar é o que temos que fazer, com senso crítico!

Segue um joguinho publicado na Veja bem interessante...

Que candidato pensa como você? - Eleições 2010 - VEJA.com

sábado, 28 de agosto de 2010

Eleições 2010.

Em outubro teremos mais uma oportunidade de escolher nossos representantes para o Congresso Nacional (Senado / Câmara) e Câmaras Estaduais/Distrital, além do presidente da república e governadores.
O cenário é desalentador como sempre. Convenientemente a política é chata e decepcionante, assim o povo (nós) somos reduzidos a mera massa de manobra, alienada e ainda assim obrigada a votar, bem, o voto aqui no Brasil é um direito-dever.
Cabe a nós mudar esta realidade.
Não sabe em quem votar? Então pesquise, converse com amigos, colegas de trabalho, parentes, professores etc. Já sabe em quem votar, pesquise mesmo assim, para ter certeza que estará fazendo a melhor escolha. Vale os programas de TV, debates, jornais, revistas e claro a Internet, pesquise no Google e visite o site dos candidatos, a maioria deles possui uma web própria. Ouça, não tenha preconceitos e avalie conforme seus valores e prioridades.
Fuja de candidatos envolvidos em crimes e condutas anti-éticas; candidatos que frequentam rinhas de galo; fazem parte da milícia; levantam a bandeira do preconceito; usam seus programas de rádio e TV como plataforma eleitoral; fazem acordos com bandidos; usam programas sociais para dar o peixe, mas jamais e ensinam a pescar; fazem uso da violência contra seus opositores; já foram eleitos e nada fizeram pelo povo, ou quando fazem a sua obrigação usam isso eternamente como a "cereja do sundae"; condenam o aborto e nunca atuaram para apoiar mães carentes etc, etc, etc.
E mais importante: faça a sua escolha, não vote em um candidato somente porque "vai ganhar mesmo" ou porque o de sua preferência "não tem chance de vencer". Jamais negocie o seu voto, ele não preço.


"No reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode-se por em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e, portanto, não permite equivalente, então ela tem dignidade." (I. Kant – Fundamentos da Metafísica dos Costumes, 1785.)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CSA já está poluindo

Bem que nós achamos estranho.
É possível ver a CSA da janela do trabalho (terceiro andar de um prédio industrial) e noutro dia ficamos boquiabertos com a fumaceira negra que foi despejada no ar de Santa Cruz. Um amigo até brincou ligando para avisar à esposa para tirar a roupa do varal. Brincadeiras à parte o caso é muito sério.
_____________________________

23/08/2010 16h20 - Atualizado em 23/08/2010 19h01

Secretaria de Ambiente do RJ multa CSA em R$ 1,8 milhão

Valor foi fixado nesta segunda-feira (23) pelo Conselho Diretor do Inea.
Siderúrgica terá 15 dias para recorrer, diz a secretária Marilene Ramos.

O valor da multa imposta à Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) por poluir o ar no entorno da siderúrgica, em Santa Cruz, na Baixada Fluminense, foi fixado em R$ 1,8 milhão pelo conselho diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria de Estado do Ambiente, nesta segunda-feira (23) . Segundo a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, a siderúrgica terá 15 dias para recorrer do valor da multa a partir da data de notificação.

Leiam a notícia completa no site do G1, clicando aqui.

Em tempo, Santa Cruz não está, jamais esteve e nunca estará situada na Baixada Fluminense... é na ZONA OESTE do Rio de Janeiro.

domingo, 15 de agosto de 2010

Falta de Educação no Trânsito

Falta de Educação já uma circunstância altamente irritante. Falta de educação no trânsito, além de irritar oferece risco de morte, tanto pela pontecialidade de acidente, quanto pelo risco de levar uma barra de ferro na cara, ou mesmo um tiro.
Este post poderia seguir uma das duas linhas: a falta de educação pura e simples que não gera maiores aborrecimentos do que a comum irritação da vida moderna ou a violência no trânsito. Tentarei falar um pouco das duas coisas.
Pelo amor de Deus, ou mesmo que você não acredite em Deus, tanto faz. Mas, descarregar uma pistola e matar um pai na frente dos filhos porque ele bateu na bosta de um retrovisor? Matar um jovem porque ele esbarrou na moça com um bebê no ônibus? Matar por matar? Foi-se o tempo em que a gente não queria levar desaforo para casa, agora é melhor levar o desaforo do que jamais voltar para casa. E ainda tem gente que acha que os povos indígenas são selvagens.
Experimenta atravessar pela faixa de pedestre com o sinal prestes a abrir. Se você não for um atleta dos 100 metros rasos corre o risco de ser atropelado. Parece a largada de uma corrida onde o sinal verde é a bandeirada e você, você na faixa de pedestre não é nada, meu amigo. Bem, dizem que isso é o Rio de Janeiro, que em algumas outras cidades do país isso não ocorre. Pode ser. Mas o fato é que eu, como pedestre que sou, já estou treinando na esteira para não fazer feio quando o sinal abrir e eu, por uma imprudência, esteja bem no meio da faixa.
Sem mencionar os motoristas que param bem na faixa de pedestre, ora, não ensinam na auto-escola que se o trânsito a frente estiver parado, você deve esperar com o seu automóvel atrás da faixa e só seguir quando estiver livre, sem o risco de empacar bem em cima da faixa? Nem precisaria ensinar, bastaria o bom-senso. Falta de bom-senso merece um post próprio.
Para pegar a condução do meu trabalho faço uma pequena caminhada, onde atravesso por três sinais de trânsito, melhor eu ir dormir para estar preparada para os 100 metros rasos.
E por favor, não esqueçam que em outubro teremos mais uma chance de tentar mudar este país do qual sempre reclamamos, mas pelo qual muito pouco fazemos.

As empresas

"As empresas são como psicopatas:

  • Não sentem culpa;
  • Não criam relacionamentos de longo prazo;
  • Não obedecem as leis;
  • Não se preocupam com a segurança dos outros."

Mais um vídeo do YouTube que vale a pena: Trabalho de Gestão de Pessoas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Ilha das Flores

Existe um lugar chamado Ilha das Flores.
"O ser humano se diferencia dos outros animais pelo tele-encéfalo altamente desenvolvido e pelo polegar opositor. E por ser livre. Livre é o estado daquele que tem liberdade. Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda."
Assistam: Ilha das Flores . (Até o final).

sábado, 7 de agosto de 2010

TV Cultura e a falta de transparência, Ale Rocha via Yahoo! Colunistas

TV Cultura e a falta de transparência, Ale Rocha via Yahoo! Colunistas:

" Notícias sobre demissões em massa e extinção de programas revelam falta de cuidado e transparência no provável desmanche da emissora pública paulista."

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quando uma imagem vale mais que mil palavras...

Ética e Responsabilidade Social nas relações empresariais:




Imagem retirada de uma apresentação disponível na Web. Para ver a apresentação, clique aqui.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como são classificadas as formas de governo

Texto de Mara Lúcia Martins

Retirado do Site Educação Pública

Dando continuidade à série Eleições, o Portal da Educação Pública vem falar, nesta edição, sobre as diversas formas de governo - ordem jurídica do Estado - que são classificadas em diversas modalidades seguindo as escolas de pensamentos dos filósofos que as classificaram ou a herança de cada nação.

O fato é que para efeito de estudo é muito bom conhecer como os países se organizaram ou se organizam e como foi a sua evolução diante das formas como foram classificados os seus governos.

Variação das formas de governo
As formas de governo podem variar quanto a sua origem, natureza e composição. Primeiramente, o governo pode se de direito - que foi constituído em conformidade com a lei fundamental, ou seja, positivo - ou de fato segundo a origem o poder; pode ser legal ou despótico - aquele que é conduzido pelo arbítrio dos detentores eventuais do poder seguindo preceitos jurídicos -, segundo as relações do poder com os governados.

Pode também ser constitucional - se a forma de governo estiver sob a égide de urna de Constituição, instituindo o poder em três órgãos distintos (Legislativo, Executivo e Judiciário) e assegurando a todos os cidadãos a garantia dos direitos fundamentais, expressamente declarados - ou absolutista - que concentra todos os poderes num só órgão, segundo a extensão do poder.

Como alguns classificam as formas de governo
Aristóteles divide as formas de governo somente entre dois tópicos muito resumidos, mas que diz absolutamente tudo: normais - que visa ao bem da coletividade - e anormais - que visa ao bem-estar somente dos governantes. As formas normais, formas puras, também podem ser subdivididas em Monarquia, Aristocracia, Democracia e Teocracia. Já as formas anormais podem ser: Tirania, Oligarquia, Demagogia e Cleocracia.

Maquiavel, fundador do pensamento e da Ciência Política moderna, considerava que somente existem duas formas de governo: Monarquia, com passagem do poder de forma hereditária ou vitalícia; e República, com eleições periódicas.

Como é dividida a forma monárquica
A Monarquia pode ser dividida em: Absoluta de estamentos (nessa o governo fica a cargo não de um monarca, mas da aristocracia que o envolve), Limitada, Constitucional e Parlamentar. Há vários exemplos de monarcas absolutos - quando o poder se concentra em uma só pessoa que age de acordo com seu livre arbítrio - presentes até o dia de hoje, tais como: ditaduras latino-americanas, cesarismo e napoelismo. Antigamente, era justificado o monarca absoluto como oriundo de uma origem divina, como: Faraó do Egito, Tzar da Rússia ou o Imperador da China.

A forma monárquica não se refere apenas aos soberanos coroados; nela se enquadram os consulados e as ditaduras (governo de uma só pessoa). A Monarquia ainda pode ser absoluta, limitada, constitucional - o rei só exerce o poder executivo - ou parlamentar - onde o rei não exerce função de governo.

A forma de governo República
As características essenciais da forma republicana são: eletividade e temporariedade. A República pode ser aristocrática (governos de elites, como exemplo: Atenas e Veneza), ou democrática (todo poder emana do povo) - pode ser direta (governa a totalidade dos cidadãos); indireta ou representativa (por processo eleitoral, exemplo: a França dos séculos XVII e XVIII); e semidireta ou mista (restringe o poder da assembleia representativa, reservando-se ao pronunciamento direto da assembleia geral dos cidadãos os assuntos de maior importância, particularmente os de ordem constitucional, como exemplo é o governo atualmente implantado pela Suíça).

As formas mais utilizadas: Parlamentarismo e Presidencialismo
Parlamentarismo e presidencialismo também são formas de governo e são as mais usadas, hoje em dia.

O Parlamentarismo ou democracia parlamentar é o sistema no qual o poder político e administrativo é exercido por um Gabinete de Ministros, escolhidos entre os membros do partido ou da coalizão de partidos que conquistou a maioria das cadeiras do Parlamento e é chefiado pelo primeiro-ministro. O chefe de Estado no parlamentarismo - monarca ou presidente - tem poderes limitados e está obrigado a convocar o líder da maioria para formar o governo. Exemplos de parlamentarismos famosos são: Inglaterra - que possui um chanceler - e Espanha - representado por um presidente do conselho. É o sistema mais adotado na Europa.

O Presidencialismo é o sistema de governo no qual o poder central cabe ao presidente da República, ficando o Poder Legislativo com a atribuição de fazer as leis e fiscalizar a administração pública. Parlamentares e presidente são eleitos por voto direto. Esse sistema de governo foi criado pelos norte-americanos no século XVIII. A monarquia inglesa atuava como chefe de estado sobre as treze colônias. O descontentamento com a atuação do monarca e as influências de autores que se opunham ao sistema absolutista, principalmente Locke e Montesquieu, foram determinantes para que os americanos adotassem um sistema onde houvessem mecanismos que impedissem a concentração de poder. Juridicamente o presidencialismo se caracteriza pela separação de poderes. É o sistema adotado pelo Brasil.
Muitas das formas de governo são utilizadas hoje para efeito somente de estudo, pois ficaram ultrapassadas com o tempo. As mais utilizadas foram aqui exemplificadas e estão aí aplicadas nos países.
Publicado em 11 de julho de 2006

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quais são as leis mais estranhas do Brasil?

Retirado do site da Revista Mundo Estranho
Em um universo com mais de 100 mil leis em vigor, normas curiosas não faltam. As mais estranhas acabam sendo aquelas aprovadas nos municípios, onde conseguir maioria nas câmaras de vereadores - que têm no máximo 55 membros - é mais fácil que no Congresso Nacional ou nas assembléias legislativas estaduais. É nelas que acontece todo tipo de bizarrice, sobretudo nas pequenas cidades. Para montarmos nossa coleção de leis absurdas, entrevistamos advogados e professores de direito. Cada uma dessas pessoas nos enviou uma pequena seleção de regras esquisitas. Contamos ainda com a ajuda do livro Folclore Político, do jornalista Sebastião Nery, de onde saíram outros exemplos de leis malucas. Confira a lista e ria à vontade - se quiser, também pode chorar, porque é triste pensar que tem político criando pista de pouso para OVNI em vez de tratar de coisas mais importantes...

Política maluca
Vereadores já criaram aeroporto de disco voador e baniram a melancia do cardápio
ABAIXO A CAMISINHA!
Decreto Municipal 82/97 (Bocaiúva do Sul, PR)
Data: 19 de novembro de 1997
Preocupado com os baixos índices de natalidade em sua cidadezinha de 9 mil habitantes, o prefeito Élcio Berti proibiu a venda de camisinhas e anticoncepcionais. Tudo porque a prefeitura estava recebendo menos verbas do governo federal com o encolhimento da população. A maluquice gerou a maior gritaria e a lei teve de ser revogada 24 horas depois

AEROPORTO ALIENÍGENA
Lei Municipal 1840/95 (Barra do Garças, MT)
Data: 5 de setembro de 1995
O então prefeito dessa cidade de 55 mil habitantes criou uma reserva para pouso de OVNIs com 5 hectares na serra do Roncador, tradicional reduto de ufólogos. Para azar dos ETs, o "discoporto" ainda não saiu do papel

FOLIA COMPORTADA
Lei Municipal 1790/68 (São Luís, MA)
Data: 12 de maio de 1968
Na década de 60, o então prefeito Epitácio Cafeteira baixou o "código de posturas" do município. Entre outras coisas, ficou proibido o uso de máscaras em festas - exceto no Carnaval, ou com licença especial das autoridades. Para defender a medida (que virou letra morta), o prefeito argumentou que ela ajudava a "identificar bandidos"

PREGUIÇA ECOLÓGICA
Lei de Crimes Ambientais (Governo Federal)
Data: 12 de fevereiro de 1998
A lei que regula as punições para os crimes contra a natureza tem um agravante estranho: a pena aumenta para crimes aos "domingos ou feriados". É o velho jeitinho brasileiro: com menos fiscais trabalhando nesses períodos, o governo elevou a pena para desestimular agressões ecológicas nas folgas da patrulha. É a única lei federal da nossa lista

EM DEFEZA DO PURTUGUÊIS
Lei municipal 3306/97 (Pouso Alegre, MG)
Data: 2 de setembro de 1997
A lei aprovada pela Câmara Municipal multa em 500 reais os donos de outdoors com erros de ortografia, regência e concordância. Para banners e faixas, a multa é menor: 100 reais - e os infratores têm 30 dias para corrigir os deslizes. Em 1998, o prefeito do Guarujá se inspirou na cidade mineira e reproduziu a mesma lei na cidade do litoral paulista

FRUTO PROIBIDO
"Lei da Melancia" (Rio Claro, SP)
Data: 1894
A inofensiva melancia, quem diria, foi proibida em 1894 na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo. No fim do século 19, a fruta era acusada de ser agente transmissor de tifo e febre amarela, doenças epidêmicas na época. Com o tempo, a lei virou letra morta


Ainda bem!
Três projetos de lei absurdos que felizmente não foram aprovados
Em 2004, vereadores de São Paulo instituíram o uso de coletes com airbag para os motoboys. Em novembro, a proposta foi aprovada em votação na Câmara, mas tinha pouca chance de ser sancionada pela prefeitura e virar lei

Em 1999, na mineira Juiz de Fora, os vereadores sugeriram que os cavalos e burros usassem fraldões para não emporcalhar as ruas. A iniciativa melou

Na década de 90, em Teresina, no Piauí, os vereadores quiseram proibir a criação de abrigos nucleares no município. A proposta bombástica não foi aprovada

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eleições 2010.

Neste ano teremos eleições e precisamos estar atentos e bem informados para decidir sobre quem merece o nosso voto. A falta de debate e interesse por assuntos políticos só interessa a quem faz uso do poder para benefício próprio. Está passando da hora de pararmos de reclamar e partirmos para a ação: primeiro através do voto consciente e depois através do uso das ferramentas democráticas para acompanhamento e cobrança das ações dos nossos governantes - tenham eles recebido o nosso voto ou não.
Segue abaixo o endereço de um excelente site (do Projeto Excelências, sobre os parlamentares em exercício no país) para nos ajudar nesta empreitada.
"O projeto Excelências traz informações sobre todos os parlamentares em exercício nas Casas legislativas das esferas federal e estadual, e mais os membros das Câmaras Municipais das capitais brasileiras, num total de 2368 políticos. Os dados são extraídos de fontes públicas (as próprias Casas legislativas, o Tribunal Superior Eleitoral, tribunais estaduais e superiores, tribunais de contas e outras) e de outros projetos mantidos pela Transparência Brasil, como o "Às Claras" (financiamento eleitoral) e o "Deu no Jornal" (noticiário sobre corrupção).
O projeto disponibiliza espaço para que os políticos retratados apresentem argumentos ou justificativas referentes a informações divulgados no projeto, como noticiário que os envolva, ocorrências na Justiça e Tribunais de Contas, informações patrimoniais e outras. Para providenciar o registro de algum eventual comentário, solicita-se que o político entre em contacto com a Transparência Brasil."

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ciclistas e as leis de trânsito

Vamos atravessar uma avenida, caminhamos até a faixa de pedestres mais próxima, aguardamos o sinal fechar para os veículos e finalmente caminhamos em direção a outra calçada. E eis que, vindo sabe Deus da onde, um ciclista avança com tudo, quase nos atropela e ainda grita: "-Não olha por onde anda, não?" Parece até que a "culpa" é mesmo sua.
Esta situação é mais comum do que se imagina, ainda mais na zona oeste do Rio (estou excluindo a Barra da Tijuca e adjacências, que particularmente considero como parte da zona "sudoeste" do Rio), que possui raríssimas ciclovias e em mau estado de conservação. As bicicletas seguem pelas ruas como se fossem veículos auto-motores, mas sem considerar qualquer norma de trânsito.
Ocorre que as bicicletas e o seu tráfego pelas ruas estão regulados pelo Código de Trânsito Brasileiro, conforme abaixo:

"Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa. "

Ou seja: existe mão e contra-mão para os ciclistas.

"Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres."

Em miúdos: montado na bicicleta o ciclista NÃO se compara ao pedestre.

"Art. 96. Os veículos classificam-se em:

I - quanto à tração:
a) automotor;
b) elétrico;
c) de propulsão humana;
d) de tração animal;
e) reboque ou semi-reboque;

II - quanto à espécie:
a) de passageiros:
1 - bicicleta;
2 - ciclomotor;
3 - motoneta;
4 - motocicleta;
5 - triciclo;
6 - quadriciclo;
7 - automóvel;
8 - microônibus;
9 - ônibus;
10 - bonde;
11 - reboque ou semi-reboque;
12 - charrete;
(...)"

Está textualmente escrito no Código de Trânsito que a bicicleta é uma espécie de veículo.

"Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo para o pagamento da multa."

É uma pena que as sanções previstas sejam mais uma daquelas normas que costumamos dizer que "não pegou", porque eu jamais ouvi falar de um ciclista que tenha sido multado por "direção agressiva".

Ciclistas que ameaçam a minha integridade física por desobedecerem a legislação de trânsito me irritam.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Juiz se baseia em gestos, entonação e indícios para caracterizar assédio moral

Retirado do site da Revista Proteção


Data: 08/07/2010 / Fonte: TRT 3ª Região MG


Passam de 200 mil as novas reclamações trabalhistas que dão entrada na Justiça do Trabalho de Minas todos os anos. Boa parte delas contêm denúncias de assédio moral praticado pelos empregadores e seus prepostos contra os trabalhadores.

Para os juízes, a grande dificuldade desse tipo de processo é a constituição da prova, já que quem pratica o assédio geralmente não deixa pistas concretas. Muitas vezes, o que se tem é a palavra de um contra o outro, testemunhas amedrontadas que pouco falam ou indícios não verbais, a que o julgador tem de estar atento, pois é com base neles que vai ter de decidir a demanda.

O juiz José Nilton Ferreira Pandelot, titular da 1ª Vara Trabalhista de Juiz de Fora, analisou um desses casos, em que o trabalhador alegou ser vítima de assédio moral por parte do seu supervisor, em episódios que se caracterizariam pela perversidade.

Ele disse ser sempre ridicularizado e perseguido pelo supervisor que, após ameaçar prejudicá-lo, determinou a sua transferência para o turno diurno, sabendo que ele havia contraído empréstimos contando com o adicional noturno para quitá-los.

A reclamada negou que tivesse havido qualquer perseguição contra o autor e argumentou que mudança de turno e cobranças no serviço são inerentes ao ambiente de trabalho e à subordinação.

Ao analisar a questão, o juiz afastou a possibilidade de utilização, como prova, da gravação de conversa particular entre o autor e outro empregado da ré. Ele considerou o fato de que a gravação foi obtida sem o consentimento do interlocutor, que é um terceiro (pessoa que não é parte na demanda). Isso torna a prova ilícita, por violar a intimidade de terceiro:

"A Constituição da República, em seu art. 5º, inciso LVI, estipula, como garantia fundamental, a vedação do uso em processo de provas obtidas por meio ilícito. Assim, o art. 332 do Código de Processo Civil prescreve como hábeis a provar a veracidade dos fatos todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados, o que enseja, por força da interpretação a partir da Constituição, a certeza da ilicitude da prova obtida em desrespeito a tais balizas legais e éticas" , ponderou.

Como a Constituição prescreve também, como garantia fundamental, a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas (art. 5º, X), ele julga maculadas pela inconstitucionalidade todas as provas obtidas por meios que violem essa garantia.

Entretanto, o magistrado considerou outros indícios e evidências do caso concreto e concluiu que, de fato, o trabalhador sofreu o assédio moral alegado. Para tanto, empreendeu um estudo complexo de todos os elementos colhidos no conjunto probatório, inclusive a fala, o olhar e a entonação dada a uma única palavra, no depoimento prestado pelo supervisor.

De acordo com o juiz, o processo do trabalho não comporta a regra clássica da distribuição do ônus da prova (pela qual, aquele que alega é que tem de provar), pois aqui é grande a desigualdade real das partes.

Ele aplica, então, o princípio da aptidão para a prova, pelo qual se verifica, no caso concreto, qual a parte está apta a produzir a prova - e esta, na situação analisada, seria a empregadora. Na percepção do magistrado, entretanto, a ré não se desobrigou do seu encargo.

Ao contrário, a segunda testemunha levada pelo reclamante confirmou a perseguição e o caráter perverso da conduta do superior hierárquico. Entre as muitas perseguições, o supervisor impedia a utilização do rádio-comunicador entre os vigilantes para comunicar a sua aproximação do posto onde se encontrava o autor.

O objetivo era claro: sempre encontrar o reclamante de surpresa, mantendo-o em constante estado de alerta e em sobressalto. No entender do juiz, isso caracteriza atuação abusiva de fiscalização e configura típico terror psicológico.

"Observe-se, neste particular, que a intenção do preposto da ré, superior do autor, seria a destruição da auto-estima, da dignidade e da integridade psíquica do obreiro, pela adoção de sistema perverso de gestão, ainda que individual" , destacou. Também a mudança de turno foi tida como discriminatória, já que causou redução salarial e a ré não apresentou qualquer justificativa para essa prática, que não era comum na empresa.

Embora essas alterações se insiram no poder diretivo do empregador, como se estava investigando a prática de ato ilícito por parte do supervisor, cabia à empresa a motivação precisa para demonstrar a regularidade da conduta adotada. "Aqui, a aptidão para a prova, como dito antes, é do empregador, não sendo possível ao empregado produzir, em princípio, a prova da eventual discriminação."

Mas a prova crucial para a solução do caso foi encontrada no depoimento do próprio supervisor como testemunha da ré, ou melhor, em uma única palavra dita por ele, como conta o juiz: "As singelas respostas às perguntas não teriam maior destaque não fosse a ênfase dada pela testemunha na última resposta. A pergunta foi direta e seca: o senhor já puniu o reclamante? A resposta da testemunha, após olhar para o autor, foi: ainda não".

O magistrado cita o artigo 131 do CPC, pelo qual o juiz deve apreciar a prova livremente, atentando aos fatos e circunstâncias que constam no processo, ainda que não textuais ou não alegados pelas partes, desde que indique na sentença os motivos que formaram o seu convencimento.

E, ao colher pessoalmente o depoimento do supervisor, o juiz pôde captar a ênfase dada à sua resposta, avaliar a entoação ou gestual diferenciado, o olhar da testemunha para o autor, elementos a que ele confere uma valoração diferenciada que vai ser decisiva na formação do seu convencimento.

"É certo que não se assemelham o `ainda não` da testemunha com o "não chore ainda não..." de Chico Buarque de Holanda, nem se está julgando o que a testemunha ou suposto algoz pretende fazer, mas sim o que efetivamente praticou no período anterior ao ajuizamento da ação.

Neste aspecto, percebe-se da frase "ainda não" a nítida idéia de ameaça futura, mas também dela se extrai — pela cadência, andamento, ritmo e contexto em que foi dita — a confirmação das práticas passadas, como a imposição ao obreiro de permanente estado de tensão" , conclui.

Portanto, convencido da prática de assédio moral por parte do preposto da ré e sendo legalmente admitida a responsabilização do empregador pela culpa na escolha e na fiscalização de seus prepostos (Súmula 341 do STF), o juiz condenou a empresa a pagar ao reclamante uma indenização por dano moral fixada em R$15.000,00, valor esse que considerou uma "sanção pedagógica" para que o empregador passe a adotar as medidas necessárias para fazer cessar as atividades, procedimentos e rotinas prejudiciais ao trabalhador e a investir em um ambiente de trabalho saudável.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Formatura Hoje

Estive ausente do blog, mas agora que estamos de férias (da escola pelo menos) terei mais tempo para postar.
Hoje foi a formatura das turmas do pós-médio (Administração, Contabilidade e Enfermagem do Trabalho) que começaram no meio do ano passado. Uma pena que o pessoal da Contabilidade não tenha comparecido, creio que tenham seus motivos e os respeito. Vou sentir saudades.
Valeu pela oportunidade de convivência, pela amizade, por tudo.
Ganhei um presentinho e uma folhinha com uma homenagem "aos professores". Amei:
"... Trago-te um recado de muita gente.
Houve gente que praticou uma boa ação,
Manda dizer-te que foi porque
Teu exemplo convenceu.
Houve alguém que venceu na vida,
E manda dizer-te que foi porque
Tuas lições permaneceram
E houve mais alguém que superou a dor,
E manda dizer-te que foi a lembrança
De tua coragem que ajudou..."
Obrigada.

domingo, 27 de junho de 2010

Se não tem casinha vai na rua mesmo?

Eis uma coisa irritante: ser obrigado a testemunhar alguém urinando na rua.

Será que é irritante só para as mulheres, ou alguns homens se irritam também? Preciso crer no melhor da humanidade e aceitar como verdadeira a segunda opção.

Você está na companhia de uma criança do sexo feminino e ao dobrar a esquina dá de cara com um educadíssimo e distinto senhor com as partes íntimas expostas atendendo ao chamado da natureza. E aí? Constrangedor não é mesmo? Só se for para a "platéia", porque jamais percebi homem algum constrangido por ser flagrado nesta situação, aliás, parece até que é a coisa mais normal do mundo.

Mulheres também urinam na rua? Sim. Certamente. Mas nem de longe se compara a freqüência com que os homens o fazem. É só comparar a fila do toilette feminino e masculino em qualquer shopping. Não venham argumentar que as mulheres demoram mais no banheiro, porque esta desculpa não cola. Creio que alguns marmanjos se sentem até mais a vontade para fazer o serviço no estacionamento do shopping do que no banheiro - força do hábito.

Ouvi dizer que é um traço característico do carioca, de fato, conheço paulistanos e gaúchos (usei estes como exemplo porque sempre estamos fazendo piadinhas sobre eles) e não é que eles realmente não regam as plantas, postes e cantinhos da rua?

E por falar em plantas. Como elas sofrem. E as construções? Algumas já estão com problemas estruturais por conta do excesso de uréia...

Para quem não sabe, em que pese o horrendo costume, a prática pode ser considerada crime de ato obsceno:

"Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa." (Código Penal Brasileiro).

Ao que tudo indica a prefeitura carioca vem atuando para coibir/educar os praticantes, pois no último Carnaval algumas pessoas foram detidas ao serem flagradas urinando na rua.

É... há luz no final do túnel.

Aparelho celular é produto essencial

Retirado do site do Ministério da Justiça
22/06/2010 - 21:04h
Para SNDC, aparelho celular é produto essencial

Brasília, 22/06/2010 (MJ) – O aumento do número de reclamações que chegam aos órgãos de defesa do consumidor envolvendo aparelhos celulares levou os órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) a firmarem, no último dia 18 de junho, em João Pessoa (PB), entendimento caracterizando os aparelhos celulares como produtos essenciais.

Com isso, em caso de vício no aparelho, os consumidores podem passar a exigir de forma imediata a substituição do produto, a restituição dos valores pagos ou o abatimento do preço num outro aparelho. A nova interpretação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) faz parte de nota técnica elaborada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), realizada pelo IBGE, 92% dos lares brasileiros utilizam o serviço de telefonia móvel, sendo que 37% utilizam somente esse serviço. “Há 10 anos, um celular chegava a custar R$ 6 mil. Hoje temos gratuidade e expansão da telefonia móvel e os problemas só aumentaram”, afirma o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita.

Dados do Sindec indicam que o volume de reclamações relativas a aparelhos celulares vem crescendo e já representa 24,87% do total de reclamações junto aos Procons, segundo o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2009. De acordo com o mesmo levantamento, o principal problema enfrentado é a garantia de produtos, que alcança 37,46% das reclamações referentes a aparelhos celulares.

Em regra, os varejistas, fornecedores imediatos do produto, não assumem a responsabilidade sobre os defeitos apresentados pelos aparelhos, o que obriga os consumidores a procurar os fabricantes para a solução do problema. Ao procurar os fabricantes, os consumidores são encaminhados às assistências técnicas ou aos centros de reparos dos fabricantes (por meio de postagem nos correios).

Consumidores relatam, no entanto, diversos problemas no atendimento prestado pelas assistências técnicas, como por exemplo: inexistência de assistência no seu município, recusa da assistência em realizar o reparo, falta de informação na ordem de serviço, falta de peças de reposição, demora no conserto do produto para além do prazo de 30 dias, retenção do produto depois de tê-lo enviado pelo correio para o fabricante sem qualquer registro ou informação.

As dificuldades dos consumidores em conseguir soluções eficientes e os dados de reclamações do Sindec foram discutidos com o setor em diversas ocasiões desde o ano de 2007, sem que uma alternativa de solução fosse apresentada. As assistências técnicas também foram ouvidas pelos órgãos do SNDC e informaram que na maioria dos casos o problema pode ser identificado rapidamente.

Empresas que não cumprirem o novo entendimento do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor estarão sujeitas a multas de até R$ 3 milhões e medidas judiciais cabíveis. “A responsabilidade não pode ser transferida para o consumidor. O problema é de quem vendeu e não de quem comprou”, afirmou o diretor DPDC. “Política de qualidade não é só tecnologia. É também respeito ao consumidor”, disse.

Para acessar a nota técnica, clique aqui.

sábado, 26 de junho de 2010

A História das Coisas

Vivemos em uma sociedade de consumo onde cada vez mais as coisas (bens/objetos de consumo) são planejadas e produzidas para durar cada vez menos (obsolescência (1) planejada) ou são "modificadas" para que pareçam ou que as percebamos como ultrapassadas (obsolescência perceptiva), como é o caso da moda. O que nos leva a descartar coisas ainda em perfeito estado de uso e a comprarmos modelos equivalentes mais modernos, bonitos ou da moda.
Desejamos consumir mais, compramos mais, trabalhamos mais para manter nossa condição de consumo e nem por isso somos mais felizes, temos mais lazer ou passamos mais tempo com nossos amigos e familiares.
Nunca tinha pensado seriamente nisso até assistir ao documentário A História da Coisas, que recomendo à todos, tem cerca de 20 minutos e é excelente.
Assistam a versão brasileira do documentário The Story of Stuff, de Annie Leonard, clicando AQUI.
Nota:
(1) Obsolescência é a condição que ocorre quando um produto ou serviço deixa de ser útil mesmo estando em perfeito estado de funcionamento, devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais avançado.