"Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?." (Pirandello).


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lidar com o outro

Uma situação comum é a do aluno que não está satisfeito com o atuar do professor em sala da aula. Ora porque considera o professor muito rigoroso, ora porque acredita que ele deveria ser mais rigoroso (raros alunos pensam assim :) ). Alguns alunos se sentem incompreendidos, injustiçados ou prejudicados pela avaliação do professor. Há alunos que criticam a didática, ou a falta de conteúdo. Bem, a lista das reclamações é grande.
Já recebi críticas ao meu trabalho e até ao trabalho de colegas e sempre tenho o mesmo a dizer.
Primeiro, quando estamos insatisfeitos precisamos identificar claramente o que nos incomodou: o fato ou situação objetiva; daí devemos conversar diretamente com a pessoa que nos desagradou, expondo as razões e sentimentos envolvidos no acontecimento. Sempre com fundamentos lógicos, embora tenhamos que falar sobre como nos sentimos. Até porque o que para um pode ser uma ofensa, para outro não. Então devemos deixar claro como nos sentimos em relação ao evento.
Muitas vezes, creio que na maioria das vezes, os erros são cometidos nas tentativas de acerto. Ou seja, eu erro na crença de que estou fazendo certo. E se não damos a conhecer o erro, como podemos esperar que o outro acerte?
Não é fácil apontar para os outros os seus erros, muito menos aceitarmos que apontem os nossos, mas com jeito, educação e consideração, a relação aluno - professor pode ser construída e reconstruída ao longo da jornada acadêmica, com mais acertos do que falhas.
A escola é o ensaio geral para a vida e nas relações profissionais também existem pessoas errando (ou querendo acertar) e outras se sentindo prejudicadas. Criar coragem para conversar com o professor é o primeiro passo para no futuro haver segurança para conversar com um colega de trabalho ou superior hierárquico.
O que não pode ser feito jamais é ficarmos pelos corredores criticando o trabalho de quem quer que seja. Como diz um amigo: "só erra quem tenta fazer".

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