"Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?." (Pirandello).


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domingo, 11 de março de 2012

Sobre o CONAR


Retirado do site do Conselho de Autoregulamentação Publicitária
Para acessar o site clique aqui.

Missão:
Impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas. Constituído por publicitários e profissionais de outras áreas, o CONAR é uma organização não-governamental que visa promover a liberdade de expressão publicitária e defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial. Sua missão inclui principalmente o atendimento a denúncias de consumidores, autoridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria. As denúncias são julgadas pelo Conselho de Ética, com total e plena garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Quando comprovada a procedência de uma denúncia, é sua responsabilidade recomendar alteração ou suspender a veiculação do anúncio. O CONAR não exerce censura prévia sobre peças publicitárias, já que se ocupa somente do que está sendo ou foi veiculado. Mantido pela contribuição das principais entidades da publicidade brasileira e seus filiados – anunciantes, agências e veículos –, tem sede na cidade de São Paulo e atua em todo o país. Foi fundado em 1980.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Roma: dois mil anos de marketing

Retirado do Sita da Revista Aventuras na História.
Para derrotar os cartagineses e assumir o controle comercial do mediterrâneo, os romanos tiveram de aprender a combater no mar
por Textos Felipe Van Deursen
“Você deve constituir amizades de todos os tipos: nomes ilustres, os quais conferem prestígio ao candidato; magistrados, para garantir a proteção da lei. (...) Isso requer conhecer as pessoas de nome, usar de certa bajulação.” Parece, mas não é uma cartilha encontrada nas coisas dos políticos brasileiros em época de eleição. É de um trecho do Manual do Candidato às Eleições (no latim, Comentariolus Petitionis), escrito no ano 64 a.C., em Roma, por Quinto Túlio Cícero. Ele preparou o manual para seu irmão, Marco Túlio Cícero, orador famoso que naquele ano se candidatava ao melhor cargo da República, o de cônsul.
O texto é curto, mas tem conselhos valiosos que os políticos seguem até hoje: fortalecer amizades antigas e conquistar novas, cobrar favores antigos das pessoas que possam ajudar na campanha, decorar o maior número de nomes possíveis, sorrir para todo mundo, ser generoso, fazer promessas mesmo sabendo que não vai cumpri-las, pedir voto pessoalmente na rua, estar sempre cercado de multidões, falar a linguagem do povão e denunciar os podres dos adversários.
“Em Roma, onde havia poder havia corrupção”, afirma a especialista Laura Silveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Naquela época da República, como era preciso conquistar todos os setores representados no Senado, as dicas eleitoreiras do manual deviam ser muito úteis.” E foram: seguindo essas sugestões e explorando bastante o passado dos adversários, Marco Túlio Cícero foi eleito.


Outros trechos do manual
IMAGEM É TUDO

“Apesar de os dons naturais valerem muito, (...) um perfil bem forjado pode falar mais alto do que a natureza.”

EU PROMETO...

“Se você promete, essa raiva (que ele vai ter quando você não cumprir) é incerta, futura e se instala em bem poucos. Mas se você nega (os pedidos durante a campanha), provoca irritação no ato e em muitos.”

RABO PRESO

“Não quero que você ostente isso (a corrupção dos adversários) diante deles da maneira a parecer que já planeja uma acusação, e sim que, pelo simples medo, você consiga com facilidade aquilo que busca.

As Primeiras Logomarcas

Retirado do Site da Revista Aventuras na História
Há 5 mil anos, as garrafas de óleo e vinho vendidas na Mesopotâmia tinham etiquetas que identificavam a marca do produtor. A descoberta é do arqueólogo britânico David Wengrow, que encontrou potes marcados com selos que continham algo parecido com logomarcas e um texto que propagava o nome do fornecedor do produto. Os recipientes foram localizados na antiga cidade de Uruk, que fica no atual território do Iraque e chegou a ter 20 mil habitantes.

domingo, 28 de novembro de 2010

A Arte de Vender

Retirado do site da revista Aventuras na História.

Dos arautos medievais aos milionários garotos-propaganda, a evolução da publicidade contada por campanhas lendárias
por Renata Chiara
Na Babilônia, quando um sapateiro ou um ferreiro queria oferecer seus serviços, escrevia no muro. Essas pinturas eram feitas por diferentes tipos de profissionais e são os primeiros registros encontrados de publicidade, datados de 3000 a.C. Depois, nos séculos que antecedem a era cristã, vieram os cartazes, pendurados nas praças da Roma antiga, anunciando apartamentos para alugar - uma espécie de antepassado arqueológico do outdoor. Já os primeiros garotos-propaganda surgiram na Idade Média: arautos que gritavam notícias da nobreza e também eram pagos para divulgar as ofertas dos mercadores. Durante séculos, a publicidade se manteve assim, rudimentar e com baixíssimo alcance. Um produto ou serviço só conseguia se tornar conhecido por pouco mais de algumas centenas de pessoas. Até o século 15, quando a propaganda deu um salto. A invenção da imprensa, por volta de 1450, multiplicou cartazes e panfletos, ampliando o impacto das mensagens publicitárias. Daí para a frente, o mercado consolidou uma indústria criativa, produtora de símbolos culturais, capaz de induzir comportamentos, ódios, amores e manias.

Para contar essa história, reuniram-se os publicitários franceses Stéphane Pincas e Marc Loiseau, veteranos que passaram a maior parte da sua vida profissional no poderoso conglomerado francês Publicis. No livro A History of Advertising ("Uma história da propaganda", sem tradução no Brasil), eles apresentam detalhes de campanhas lendárias, para contar a evolução da publicidade no mercado ocidental. Desde os idos de 1633, quando o francês Théophraste Renaudot lançou o semanário La Gazette de France, o primeiro a contar com anúncios pagos de forma constante e regular.

Surgidos no século 17, na Europa, os jornais abriram espaço para a propaganda alcançar ainda mais pessoas que os cartazes ou folhetos impressos. Apesar de ter nascido na Europa e provavelmente existido em todas as civilizações antigas, a publicidade ganhou impulso mesmo na Era Industrial, nos Estados Unidos. Com a produção de mercadorias em larga escala, veio a necessidade de educar o público a consumi-las. Surgiram, então, na Europa e nos Estados Unidos do século 19, as primeiras agências de publicidade, ditando uma nova linguagem, pautada no humor, na ironia e no que mais despertasse o interesse dos consumidores. A propaganda virou "a alma do negócio".

A primeira empresa chamada oficialmente de "agência de publicidade" começou a funcionar em 1841, quando Volney B. Palmer abriu seu escritório na Filadélfia. O ano é um dos marcos do nascimento da publicidade moderna, quando bens de consumo começaram a ser vistos como ícones culturais. Os "agentes" contratavam, dos jornais, grandes espaços nas páginas, com desconto. E os revendiam a preços mais altos aos anunciantes, que produziam eles próprios suas propagandas. Esse sistema durou até 1869, quando Francis Ayer, após comprar a Palmer, resolveu mudar o jeito de trabalhar. Ele revendia o espaço pelo mesmo valor cobrado pelo jornal, mediante uma comissão pré-acordada com o cliente. Nascia o modelo de negócio que até hoje mantém a publicidade rentável. Em pouco tempo, Ayer estava também fazendo pesquisa de mercado e escrevendo os anúncios.

Em 1877, James Walter Thompson abriria aquela que hoje é a mais antiga agência dos Estados Unidos. E levou a sério essa produção, contratando artistas e escritores para o primeiro departamento de criação da História. Por isso, é considerado "o pai da publicidade moderna".

Leia a íntegra clicando aqui.

domingo, 16 de maio de 2010

Feriados comerciais

No nosso calendário de folgas e datas comemorativas (feriados e dias especiais, como o dia da criança), observamos que ao longo do tempo a maioria destes momentos festivos passou a se prestar principalmente para fomentar as vendas e movimentar o comércio. As festividades de final de ano - Natal e Reveillon, notoriamente ganham o incremento do dinheirinho extra, que a maioria dos trabalhadores brasileiros recebe, o tão aguardado 13º salário.

Com bastante freqüência comentamos que as demonstrações de afeto sinceras são substituídas pelos presentes e cartões já impressos (onde só precisamos escrever o "De:" e "Para:"), acrescentando que a data se tornou apenas um feriado comercial... mas será que sempre foi assim?

A revista Mundo Estranho publicou uma matéria onde esclarece a origem de algumas datas comemorativas e aponta quando de fato essas datas se tornaram "comerciais", já que a maioria delas foi criada mesmo com um intuito nobre.

Confiram:

Como surgiram os feriados comerciais, como o Dia das Mães? - Mundo Estranho

terça-feira, 20 de abril de 2010

Relação criada entre consumo e felicidade atrapalha a infância

Notícia puplicada no site Ética na TV.

“O mercado não vende felicidade”, disse Frei Betto ao iniciar sua palestra na mesa Refletir o Consumo, no segundo dia do 3º Fórum Internacional Criança e Consumo (17 de março), que teve a mediação da psicóloga Isleide Fontenelle, professora da Fundação Getúlio Vargas. O escritor e teólogo fez uma análise da publicidade e enfatizou a tentativa do marketing em convencer o consumidor que, para ser feliz, ele deve possuir determinados bens. Frei Betto classificou a erotização precoce como a mais grave estratégia das comunicações mercadológicas existentes hoje. A incorporação do vocabulário e até das atitudes de um adulto fazem com que a criança não viva a infância.

Na mesma linha foi a palestra de Benjamin Barber, teórico político norte-americano. “A criança, quando brinca com outra criança, não precisa de nenhum brinquedo, e essa é a maior sacada da indústria do marketing”, afirmou Barber. Segundo ele, a intenção da publicidade excessiva é fazer a criança brincar sozinha, com telas e jogos eletrônicos, pois desta forma ela acaba sendo persuadida a consumir cada vez mais produtos, acreditando que desta forma ela será mais feliz.

Barber ampliou o debate dizendo que os altos investimentos em marketing para fazer com que as pessoas consumam de forma desenfreada acarretam em sérios problemas para a democracia. “As escolhas individuais destroem a capacidade de bem público. Nesse sentido, todos os espaços – inclusive os espaços públicos – tornam-se comerciais”, disse. “O consumo viola a inocência das crianças”, concluiu.

Inserido no quadro de mudanças climáticas que vivemos hoje, em todo o mundo, o consumismo infantil torna o problema ainda mais complexo. Foi o que afirmou o ambientalista Marcelo Furtado em sua palestra. O ativista do Greenpeace falou também que o consumismo precisa de um combate com liderança, responsabilidade e ação por parte não só dos governos mas também, e não com menor importância, da sociedade. “A sociedade que aceita essa situação é uma sociedade ausente, calada e culpada”, alertou Furtado.

FONTE: Criança e Consumo
DATA: 29/03/2010