"Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?." (Pirandello).


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ctrl C + Ctrl V

Trabalho escolar pode se tornar um problema.

Os alunos raras vezes são estimulados a produzir seus próprios textos. Acostumam-se a reproduzir conteúdos e ideias, nem sempre são capazes de emitir uma opinião pessoal sobre algum tema.


Quando chega o momento de elaborar um trabalho escolar, entra em cena a internet, as ferramentas de busca e o "Ctrl C + Ctrl V". Nem é preciso ler o que será entregue ao professor, se o texto está coerente, se faz sentido, se concordam com o que está escrito. Para quê?


O pior é quando o aluno sequer tenta montar o "frankenstein", simplesmente imprime o primeiro trabalho pronto que encontra na sua busca pela internet e entrega na maior "cara dura", como se fosse a sua obra prima.


Quando vem a nota - um ponto, dos dez que valia, pelo trabalho de imprimir e entregar ao professor, já que foram gastos tinta e sola de sapato para ir à escola, o aluno se sente injustiçado, argumenta que merecia uma nota melhor e afirma que vai reclamar de sua situação em instâncias superiores.


O que o aluno não percebe é que o professor está sendo mais do que legal com ele, pois se fosse para causar um real prejuízo, seria mais eficiente seguir para a Delegacia de Polícia mais próxima, com a prova do crime (no caso, o trabalho) em mãos e registrar queixa-crime por violação de direito autoral.


Não acreditam que se trata de um crime? Confiram no Código Penal, clicando aqui.


Escrever não é tão difícil quanto pode parecer e se não começarmos com as primeiras tentativas, nunca saberemos do que somos capazes de produzir.