Fonte: Fundação CECIERJ. Extensão: Gestão Ambiental – Uma Nova Visão. (Segundo semestre de 2011).
As atividades humanas sempre causaram impactos ambientais, desde os primórdios até os dias atuais, contudo, desde o início da Revolução Industrial, ao alcançarmos o alto grau de industrialização, afim de que se atendesse ao consumismo vigente, foram crescentes os problemas relacionados à poluição e ao uso exacerbado dos recursos naturais. Desta forma, pode-se perceber um intenso aumento no desequilíbrio ambiental.
O padrão tecnológico então vigente partia do pressuposto da inesgotabilidade dos recursos ambientais, bem como a grande diversificação e mobilidade dos poluentes, aspectos que contribuem para o crescente fenômeno de escassez dos recursos naturais.
Após a 2ª Guerra Mundial iniciou-se a preocupação com a retomada do crescimento econômico,
priorizando a construção de novas indústrias. Somente na década de 70 é que se iniciou no mundo a consciência ecológica, devido às contaminações acidentais e poluições geradas por essas indústrias. Assim, começou a preocupação com os efeitos danosos da poluição, marcando essa época como o período de controle da poluição. Ainda nesta década, descobriu-se que não era possível evitar os impactos ambientais fazendo-se apenas esse tipo de controle.
Dessa forma, nos anos 80 começou a ser realizado o planejamento ambiental, visando minimizar os impactos ambientais causados pelas indústrias. Assim, para serem licenciadas, as empresas passaram a ter que fazer, antes de se iniciar a implantação do empreendimento, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e posteriormente um Relatório de Impacto do Meio Ambiente (RIMA), o primeiro com uma linguagem técnica e o outro simplificado, acessível à comunidade.
Nesta época, surgem também Organizações Não-Governamentais (ONG’s) e Partidos Verdes, que provaram que apenas o planejamento não era o suficiente. Nesta mesma década, na Alemanha, surge o conceito de gestão ambiental, quando as empresas verificaram que os custos utilizados para a proteção ambiental poderiam ser revertidos em diferencial competitivo.
A partir da década de 90 os conceitos de gestão foram questionados devido aos acidentes ambientais que traziam catástrofes mundiais, constatando-se assim que os problemas ambientais não são apenas locais, mas sim globais. A Conferência da Organização das Nações Unidas, sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92 ou Eco-92) foi o marco de início com o compromisso junto ao desenvolvimento sustentável. Pois, daí, começou a perceber-se que a rentabilidade das empresas é fortemente influenciada pela sua capacidade de antecipar e reagir frente às mudanças sociais e políticas que ocorrem no ambiente de negócios.
Com isso, atualmente, a sociedade tem tido mais atenção ao comportamento ético das empresas, de tal modo, novas leis vêm se formando com o intuito de alinhar esses padrões de atuação. Assim sendo, já é inadmissível que uma empresa não tenha o mínimo de comprometimento ambiental, sendo cobradas, em escalas crescentes, de acordo com o porte e o potencial poluidor ou extrativista de suas atividades.
A sobrevivência das empresas está ligada ao conceito de desenvolvimento sustentável e as empresas necessitam estabelecer métodos de gerenciamento que visem à melhoria contínua dos resultados e promovam o desenvolvimento sustentável, através de seu Sistema de Gestão.