O abandono de animais domésticos, especificamente cães e gatos, sem raça definida (mais conhecido como vira-lata) deve ser considerado um problema ambiental.
É possível apontar duas origens para o problema: o primeiro gerado por pessoas que "adotam" o animal enquanto filhote (fofinho, engraçadinho e principalmente pequenininho) e depois percebem que o mesmo ficou grande demais, dá trabalho e despesas demais e até mesmo não possui o comportamento "esperado" ou para o qual foi "educado", e aí a solução dada é abandonar o animal à própria sorte.
Por outro lado, não há uma política pública eficiente para castração dos animais, daí os que já estão nas ruas tendem a se multiplicar, principalmente gatos, que não atraem tanta simpatia das pessoas quanto os cachorros. Os abrigos existentes não possuem infra-estrutura adequada e se mantém geralmente com recursos próprios e doações, de tal sorte que na prática os animais ali deixados acabam em uma condição de vida inadequada.
Na rua esses animais servem como vetores de doenças, tais como a raiva, sarnas e até micoses. Também estão expostos a riscos de crueldade e maus-tratos (se ateiam fogo em mendigos, espancam domésticas por confundi-las com prostitutas, o que não dizer do que é feito aos animais?), atropelamentos em vias públicas e toda a sorte de infortúnios.
Em que pese à existência de leis que garantem os direitos dos animais contra crueldade, abandono e maus-tratos, estamos longe de ver cumprir a lei. Podemos considerar que a mobilização social nesse sentido é quase zero.
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